sexta-feira, 1 de julho de 2011

                Numa hora fico feliz porque olhas-te para mim como se quisesses dizer  “ Amo-te” e ai sorrio como sorrio sempre que me lanças esse olhar que me faz prender nesses teus olhos castanhos e que me faz pedir que eles fiquem a cruzar-se com os meus para sempre para que eu me possa lembrar deles e do quanto eles são importantes para mim, mas é inevitável que na outra hora pense no porquê de não me teres vindo dizer isso por palavras, ou então teres feito um simples gesto, porque que me mostrava mais do que um olhar, porque um simples gesto fazia-me ter a certeza que era mesmo isso que tu querias dizer, mas não o fizes-te, limitaste-te a olhar.
                Sim queria mais queria nem que fosse simplesmente um abraço ou então que me pegasses na mão e me a apertasses por meros momentos, mas não o fizes-te, eu compreendo, agora não compreendo certas acções tuas, são coisas que não me entram na cabeça.
                E se soubesses como foi doloroso o teu adeus hoje, não o terias feito, porque me magoas-te bastante sabes porquê? Porque simplesmente te despediste desta forma “bem vou ter de ir a correr apanhar a camioneta”, e assim foste, não houve um beijo, não houve um amo-te não houve nada! Simplesmente uma dor interior, a minha porque a tua não sei se existia, porque sempre que estás com amigos, parece que ficas oco por dentro e por fora e é como se os teus sentimentos se apagassem, dizes coisas que não gosto de digas, fazes coisas que não gosto que faças, mas tu ages na mesma sem pensar que poderás estar a magoar alguém, e ai está o teu problema, ages sem pensar.
                Porquê? Porque tinhas de ir a correr sem te despedires de mim, corres-te de tal forma que parecia que aquela era a ultima camioneta que ia passar hoje, mas não era, porque assim que a tua passou passaram mais duas, e assim que as vi passar eu só pensei, porquê que ele não me deu um beijo de despedida? PORQUÊ? E a verdade é que não encontro a resposta, a verdade é que assim que sais-te do autocarro onde íamos os dois, tu corres-te mais o teu amigo, correram como se não houvesse amanha, e eu fui nas calmas a pensar no que se tinha passado, porque foi algo que eu não tinha compreendido, ou se calhar até foi algo que eu não quis compreender, não queria acreditar que tu tinhas feito aquilo, parecia que não me conhecias, ou então que não passava duma amiga, uma simples amiga que não fazia mal não te despedires dela, mas a verdade é que não o sou, eu não sou só tua amiga eu sou tua namorada, e sabes bem que agora nesta altura do ano muito dificilmente te voltarei a ver, bem mas simplesmente esqueces-te isso e então vocês correram os dois, mas de repente reparei que tu ficas-te mais para trás, abrandas-te a corrida e eu pensei “ele apercebeu-se e vai voltar para trás”, mais uma vez estava errada, tu não voltas-te para trás, simplesmente paras-te à porta da camioneta à espera que eu corresse para te dar um ultimo beijo, fizeste-me sinal para que eu fosse ter contigo, e simplesmente eu disse para partires, e não corri para ti, o porquê? Não sei, a verdade é que neste momento me arrependo de não ter corrido para um último beijo, ou um último abraço, mas na altura o meu instinto disse-me para não o fazer, se calhar era uma função tua teres voltado para trás, era a tua vez de agir, mas não o fizes-te, simplesmente voltas-te a fazer como sempre fizes-te, esperas-te que eu agisse, mas eu não fiz nada, e simplesmente tu partis-te, embarcas-te para o teu mundo encantado, e eu tive de seguir o meu caminho que me levava para um mundo sombrio e desabitado, porque no meu mundo encantado só vivem 2 pessoas (eu e tu), sim é verdade tentei embarcar no meu mundo da qual só nós os dois pertencíamos, mas algo estava a faltar, estavas a faltar tu, estava a faltar a tua mão agarrada na minha, para me auxiliar nesta partida, mas tu falhas-te e não apareces-te para me auxiliar na subida para o nosso transporte que nos levaria para bem longe daqui e então não me restou outra alternativa se não criar um mundo onde só existia eu,  mas não me conseguia desligar do NOSSO mundo, e fui o meu caminho todo a pensar no que se tinha passado ali porque era algo que ainda nem sequer queria crer, e o pior foi quando me apercebi que afinal não era um pesadelo, mas sim a vida real, afinal aquilo tinha-se passado mesmo e quando me apercebi  senti-me vazia, desamparada, e com falta de algo.
                Cada um paga pelos seus erros e eu já estou a pagar pelo meu suposto erro, agora fico a pensar o que poderia ter acontecido se tivesse corrido para os teus braços, mas nunca saberei porque a nossa vida é tão simples que não têm um botão de voltar atrás no tempo, só me resta esperar para saber qual é a tua justificação para tudo isto, mas que fique bem ciente não tua memoria, eu não gostei da forma como tu agiste hoje não só comigo, mas também da forma como tu te tornas-te só porque tinhas um amiguinho teu contigo, mas tu fazes como quiseres, lembra-te que “ amor com amor se paga, e tu vais pagar quando não tiveres nada”.

Quero gritar para que me oiças, para que acordes, para que voltes atrás, para que não me deixes, para que não voltes a fazer o que fizes-te hoje, para que deixes de ter certas atitudes que tu tens. ACORDA PAR A A VIDA!

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