quinta-feira, 21 de julho de 2011

Já não sei se hei-de chorar, ou se devo sorrir a verdade é que por dentro o meu corpo diz para sorrir porque ainda tenho muito que viver, tenho de ser forte, e só a sorrir é que vou conseguir aguentar a saudade, mas na verdade é que o meu coração pede que chore para libertar toda a tenção que está guardada nele, que chore porque ele a qualquer momento vai rebentar, vai dar o estoiro, porque a tua ausência é tão grande que já não é só a minha pele que sente falta do teu toque, já não é só os meus lábios que estão a ficar secos por falta de beijos teus, até já o meu coração sente a tua falta, este longo mês vai levar-me aos limites, e só ainda hoje chegas-te a Espanha e ele já está a morrer, por favor, ajuda-me a ser forte, ajuda-me!
Quero-te aqui mesmo ao meu lado quero que seques as minhas lágrimas, que me molhes os lábios com o teu beijo, e me enchas o coração de alegria, não é que eu não seja feliz contigo, mas neste momento sabes bem que a solidão se apoderou de mim, e está a matar aos poucos toda a felicidade que tu me deixas-te antes de partir, e sabes o quanto me custou ouvir da tua boca a simples frase “ vou ter saudades tuas”?, foi tão doloroso que assim que tu ma disseste eu tive de te dar um beijo rápido e sair de ao pé de ti, porque naquele preciso momento os meus olhos começaram a brilhar e aos poucos começou a cair as lágrimas, tive de sair de ao pé de ti porque jamais queria que tu me visses a chorar, não queria que a tua ultima imagem minha fosse a chorar, queria que levasses o meu sorriso contigo, queria que fosses para Espanha a pensar que eu ia ficar cá bem, que ia sorrir e viver bem os meus dias, mas na verdade é que não estou bem, até posso sorrir amor, mas por dentro a saudade está a matar-me aos poucos.
Hoje decidi que tinha de arranjar maneira de espairecer e de sossegar a minha alma de alguma forma, mas de repente reparei que só o teu simples olhar me conseguia descansar por completo, lembrei-me o que o mar também me acalma, que o barulho das ondas me tranquiliza, e que o seu cheiro me auxilia no meu caminho sobre a areia. Então assim fui, parti para a praia e encontrei-a tal e qual como gosto de a ver, estava quase vazia, perfeita para eu poder reflectir e relaxar, corri para o mar como se não houvesse amanha mas quando cheguei perto dele algo me disse para não entrar, algo me disse para me sentar na areia a observá-lo, ou então que fechasse os olhos e ouvisse o seu barulho e sentisse o seu cheiro, e assim o fiz, e quando dei por mim já estava outra vez a pensar em ti, naquele nosso ultimo momento juntos, dei por mim a pensar que o oceano é tão grande como a distância que nos separa, é como se tu estivesses do outro lado a tentar vir ter comigo, mas não conseguisses, então de repente já estava a escrever o teu nome na areia, para que a areia guardasse o teu nome para ela, e to mostrasse assim que chegasses a esta margem, mas o mar é tão cruel como a vida, e nem deu tempo que a areia o guardasse, simplesmente veio, e levou-o.
O que quererá dizer o mar com isto? Será que quer dizer que agora tenho de deixar de pensar um pouco em ti e começar a viver estes dias? Foi isso que me pareceu, então é isso mesmo que vou fazer, mas não te esqueças eu até posso tentar deixar de pensar em ti, mas como tu dizes “ tu estás sempre dentro de mim” :’)



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